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A inflação em Portugal é sem dúvida um dos temas mais noticiados e falados entre os portugueses. E já se sente a subida dos preços de vários produtos e serviços, sendo a eletricidade e a gasolina os bens que mais sofreram o impacto. Mas, afinal, como é que a inflação vai mexer com a carteira dos portugueses? Onde se vai sentir mais? Leia este artigo para descobrir tudo!

Confira os últimos dados da Inflação através do IPC Nacional nos últimos meses

A aceleração da taxa de inflação em Portugal tornou-se clara no arranque de 2022 e, de acordo com o Banco de Portugal praticamente que duplicou, sendo a guerra na Ucrânia uma das principais razões para tal.

Quando falamos sobre a inflação em Portugal, referimo-nos maioritariamente à inflação baseada no índice de preços ao consumidor — IPC. Isto é, o IPC português reflete a evolução dos preços de um pacote de produtos e serviços padrão que as famílias em Portugal adquirem para consumo.

 Período Inflação
 fevereiro 2022 4,194 %
 janeiro 2022 3,340 %
 dezembro 2021 2,744 %
 novembro 2021 2,584 %
 outubro 2021 1,831 %
 setembro 2021 1,479 %
 agosto 2021 1,536 %
 julho 2021 1,466 %
 junho 2021 0,507 %
 maio 2021 1,244 %
Tabelas – IPC Portugal actuais e histórico



Recentemente, a taxa de inflação foi revista ainda este mês pelo Banco Central Europeu (BCE) que reviu um aumento na zona Euro de 3,2% para 5,1%. Já em território nacional, o Banco de Portugal fez uma das maiores revisões da taxa de inflação dos últimos anos no pais: em vez de subir 1,8%, os preços vão crescer 4% este ano — o que marca a maior taxa de inflação desde 2001 (4,1%). Resta saber em que setores a inflação vai ser mais sentida no pais.

Os sectores onde a inflação vai ser mais sentida no pais:

Como já se inteirou, são vários os sectores do pais onde já se sente uma subida de preços, e nós reunimos toda a informação sobre os aumentos de valor nos segmentos que consideramos ser mais importantes:

Inflação na Renda das Casas

Desde 2020 que se tem vindo a reparar num ligeiro aumento das rendas. As previsões apontam para que o valor das rendas  suba 0,43% já no próximo ano, o que se traduz em cerca de 43 cêntimos por cada 100 euros de renda. Este valor serve de base ao coeficiente utilizado para a atualização anual das rendas para o próximo ano, pelo que os senhorios podem aproveitar a ocasião para fazê-lo.

Inflação nos bens alimentares

Portugal está altamente dependente de mercados externos para garantir o abastecimento alimentar, como por exemplo com os cereais. Atualmente estes representam apenas cerca de 3,5% da produção agrícola nacional e provinham maioritariamente da Ucrânia. Portanto, o impacto da guerra da Rússia com a Ucrânia, a limitação de matérias-primas e escassez na produção, assim como o aumento dos custos da energia na produção agroalimentar, tudo isto está a impactar o valor final dos bens necessários.

Inflação no Segmento dos transportes

Um motivo aparentemente óbvio para a subida dos transportes intercidades é o aumento do preço dos combustíveis, mas para quem viaja somente na própria cidade também pode esperar um acréscimo de valor. Por exemplo, nos serviços da Transportes Metropolitanos de Lisboa vão sentir o impacto da inflação com o preço dos títulos de transporte a aumentar 0,57%. A boa noticia é que os passes mensais dos transportes públicos na Grande Lisboa vão manter-se inalterados.

Inflação nas faturas da luz e gás a subir

O preço da eletricidade para as famílias do mercado regulado vai subir, em média, 0,2% no próximo ano, como anunciou a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). No mercado liberalizado, as tarifas de eletricidade da EDP Comercial vão subir em média 2,4% em 2022, o que corresponde a um acréscimo na fatura das famílias de cerca de 90 cêntimos por mês, refletindo a subida dos custos da energia.

Por sua vez, a Galp vai aumentar os preços da eletricidade a partir de 01 de janeiro, uma subida que rondará os 2,7 euros mensais para as potências contratadas mais representativas

Dificuldade em poupar com a inflação.

A inflação para além de influenciar a subida dos preços nos vários sectores como já vimos. Também influencia a forma como poupa. Isto é, interfere com o montante de dinheiro que consegue poupar, se a inflação está alta, as despesas das famílias são maiores e sobra menos margem para poupar.

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